Restauração Ambiental
A área conservada pela Reserva Mata do Passarinho abrange uma importante extensão de floresta bem preservada de Mata Atlântica. No entanto, devido a atividade agropecuária anteriormente praticada nos seus limites, a Reserva possui áreas degradadas, formadas por diversas manchas distribuídas no interior da Reserva. O histórico destas áreas aponta para a retirada de madeira, os incêndios florestais e a formação de pastagens como os principais acontecimentos que definiram a situação atual. Por meio do Projeto Asas da Mata Atlântica, a Biodiversitas promoveu a restauração florestal de 60,3 hectares de áreas florestais degradadas identificadas na Mata do Passarinho, com o emprego de tecnologias apropriadas e replicáveis, além de capacitação da comunidade do entorno e emprego de mão-de-obra local. As atividades de restauração foram realizadas em parceria com a empresa Oreades Consultoria e Engenharia Ambiental e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – SEBRAE. Com base em dados obtidos por meio de diagnóstico de campo realizado por especialistas em restauração florestal, foram aplicadas diferentes técnicas, de acordo com as características das áreas. Entre as técnicas estão o plantio direto de mais de 54 mil mudas, a transferência do banco de sementes e a instalação de poleiros artificiais de aves e morcegos para promover dispersão natural de sementes florestais. Para o reflorestamento por meio de plantio, foram utilizadas espécies nativas, aproveitando, para a produção das mudas, o viveiro da Reserva Mata do Passarinho, recentemente construído e que foi ampliado durante o Projeto. Ainda, foram contratados dois moradores locais originados das comunidades vizinhas à Mata do Passarinho, que atuaram das atividades de restauração, e especialmente na produção de 63 mil mudas. A capacitação da comunidade local em técnicas de reflorestamento culminou na formação da Cooperativa de Trabalho em Reflorestamento - Coop-AMA, inédita na região. A restauração dessas áreas será de grande importância para a conexão dos fragmentos florestais, ampliação do habitat de espécies ameaçadas, eliminação de espécies invasoras, manutenção do microclima e fixação de carbono. |